Em um evento no Rose Garden da Casa Branca, o presidente Donald Trump declarou o “Liberação Day”, impondo tarifas recíprocas a mais de 180 países.
Confira a lista completa:
- China 34%,
- União Europeia 20%
- Brasil 10%
- Canadá e México 10% (após alívio parcial)
- Índia 15%
- Vietnã 12%
- Japão 14%
O secretário de Comércio Howard Lutnick chamou isso de “jogo de poder”, sugerindo ajustes via negociações, mas a UE e Canadá já preparam retaliações de US$ 28 bilhões e US$ 20 bilhões, previstas para meados de abril.
“É uma guerra comercial total”, alertou o economista Paul Krugman ao NPR, prevendo volatilidade global.
A fórmula que impactará diversos países
A medida atinge US$ 1,4 trilhão em importações anuais, com uma tarifa-base de 10% sobre todos os bens, conforme o NPR, e taxas específicas como 34% para a China, 20% para a UE e 10% para o Brasil, segundo o White House Fact Sheet.
O objetivo é reduzir o déficit comercial dos EUA, que atingiu US$ 1,2 trilhão em 2024, incentivando a produção doméstica.
“Chega de exploração”, declarou Trump, prevendo que as tarifas atrairão fábricas de volta aos EUA.
Economistas alertam para impactos severos: Kathy Bostjancic, da Nationwide, estima uma queda de 1% no PIB americano e um aumento de até US$ 1.000 nos custos anuais por família.
O método do “tarifaço” soma tarifas médias (ex.: China cobra 70% em grãos americanos) e barreiras não tarifárias (como subsídios), dividindo o total por dois.
O Brasil na mira do tarifaço?
Exportações brasileiras de aço e etanol para os EUA, serão tarifadas em 10%. Trump destacou o desequilíbrio: em 2024, os EUA importaram US$ 200 milhões em etanol brasileiro, mas exportaram só US$ 52 milhões devido à tarifa brasileira de 18%, segundo o White House Fact Sheet.
“O Brasil usa cotas e tarifas altas”, disse Trump, conforme o Estadão, mirando também subsídios agrícolas que bloqueiam grãos americanos.
O chanceler Mauro Vieira reagiu: “Não somos o vilão do comércio”, defendendo o superávit americano com o Brasil em outros setores.
A China prometeu “lutar até o fim”, enquanto Ursula von der Leyen, da UE, chamou o tarifaço de “desnecessário”.
Fonte: Brasil Paralelo