terça-feira, abril 29, 2025

Juiz do AM vai ficar afastado por tempo indeterminado após soltar colombiano preso com 1,2 tonelada de drogas

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O juiz Túlio de Oliveira Dorinho, que determinou a soltura do colombiano Juan Carlos Urriola — preso na última terça-feira (25) com 1,2 tonelada de drogas em Santa Isabel do Rio Negro, no interior do Amazonas —, vai ficar afastado do cargo por tempo indeterminado

A decisão foi tomada pelo corregedor do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), desembargador Hamilton Saraiva, na segunda-feira (3). 

g1 tenta contato com a defesa do magistrado.

Urriola foi trazido a Manaus após a prisão e passou por audiência de custódia. Durante a sessão, o Ministério Público argumentou que a grande quantidade de drogas apontava para um esquema profissional de tráfico e que a ausência de residência fixa no Brasil representava risco de fuga. 

Mesmo assim, o juiz concedeu liberdade provisória ao suspeito, decisão que levou ao seu afastamento. 

Segundo informações obtidas com exclusividade pela Rede Amazônica, não há prazo definido para o retorno de Dorinho, que permanecerá afastado até a conclusão das investigações.

Natural de Minas Gerais, Túlio de Oliveira Dorinho ingressou na magistratura em 2015 e já atuou em Lábrea, Guajará e Novo Airão. Atualmente, acumulava a titularidade da 11ª Vara Cível da Comarca de Manaus e também atuava como juiz da 34ª Zona Eleitoral.

Ele é graduado em Direito pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e mestrando em Direito pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam), com pesquisas na área de “Constitucionalismo e Direitos na Amazônia”. 

O caso

No sábado (1º), o MP, inconformado contra a decisão que determinou a liberdade provisória do colombiano, entrou com um recurso pedindo a revogação do benefício. 

No mesmo dia, o juiz Luís Alberto Nascimento Albuquerque revogou a decisão de Dorinho e decretou a prisão preventiva do suspeito. 

Na (3), a Corregedoria-Geral de Justiça do Amazonas disse que o juiz foi afastado de suas funções e um procedimento foi instaurado para apurar os fatos, que tramita em segredo de justiça.

Fonte: G1

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